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Sandman (o Morfeu de Neil Gaiman) |
Sem sair do lugar é possível
viajar. Mergulhar no mar do inconsciente e emergir em uma praia etérea em
alguma ilha no Sonhar.
Os olhos abertos são a ponte
entre o Real e o imaginado. São como âncoras impedindo que a nau fique à
deriva.
Tenha consciência de que nada é concreto
e feche os olhos. Permita-se ser levado por mares revoltos e correntezas. É tudo
passageiro. O pior que pode acontecer é você cair no sono.
Nesse mundo virtual há apenas um
rei. Procure-o nos confins desse sonho lúcido e o encontrará no fundo de um
lago ou em um espelho na parede. Conhece-te a ti mesmo.
As coisas todas têm múltiplos
significados. Alguns só são compreendidos quando vistos por um determinado viés
poucas vezes acessível pela razão. As interpretações podem ser válidas no
Sonhar e no Real, ou válidas somente em um desses mundos. Mas nada é
desprezível. Tudo se transforma em autoconhecimento, de forma que quando você
retornar da sua expedição, alguma coisa trará consigo.

Essas pessoas serão as primeiras
a te chamar de louco ou de idiota. Não as culpe, pois elas apenas estão bastante integradas
à realidade, pouco atentas aos seus próprios anseios e necessidades.
Aproveite
o conhecimento adquirido e reverta-o em produtividade, pois o Real precisa ser
modificado. A realidade está contaminada por sonhos de consumo, delírios de
beleza, utopias profissionais, tudo nos afastando do que é essencial (do que
nos faz humanos), e das coisas simples e fantásticas do mundo.
Pare por alguns minutos e pense na vida que se
leva. No que é importante e no que é supérfluo para você. Livre-se da bagagem
desnecessária e siga viagem.
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